MODO DE USAR (Parte 2).

Foto (não mais) provisória. Depois vou pedir pra Fabi fotografar o meu "trono".

É incrível como as estórias são semelhantes. Mal publiquei aquela pequena crônica revelando alguns dos meus "truques" mais secretos de adaptação e me apareceram MILHARES de e-mails e comentários solidários (na verdade foram uns 3)  de pessoas que, como eu, conseguem viver muito bem apenas dando um jeitinho. E não ligando p'raqueles olhares que dizem: "disfarça, esse aí deve ser maluco".

Como a minha intenção secreta é ficar rico e famoso com esse blog, arrumar uma legião de seguidores pra minha seita suicida messiânica (até ontem eram 24) e, quem sabe, um dia ser entrevistado pelo Ronnie Von ou até mesmo participar de um programa campeão de audiência  no Canal do Boi, vou dar um jeito de  lembrar de mais alguns segredinhos pra compartilhar com vocês:

A CADEIRA:  antes de tudo, devo salientar que nós, que temos problemas na coluna, nos ossos, ou reumatismo, DETESTAMOS cadeiras e sofás em geral. Quanto mais confortável, daqueles que você "afunda", pior.

Cadeiras "de grife", então... um horror! São lindas, concordo, mas geralmente foram desenhadas por um sueco de 3 metros de altura com as costas retas e a coluna de aço, que usou parte do seu prêmio de design internacional pra viajar pro nordeste do Brasil, ou pra Bali, e ficar refestelado em uma rede.

Enquanto algumas pessoas "customizam" carros e motos, o espondilítico gosta MESMO é de customizar sua cadeira favorita. A poltrona do computador é a minha Harley Davidson. Tenho ciúmes dela! 

Cada um tem um truque: o primeiro e maior dos meus é assentar na bendita até ela pegar o formato do seu traseiro. Isso é bom, porque TODOS os demais  seres humanos vão se sentir desconfortáveis quando assentados no SEU trono. Ora! eles que fiquem com os sofás macios ou a cadeira do tal sueco.

 O segundo é ter sempre à mão um calço pra deixá-la mais pra cá ou pra lá, quem sabe, de repente,  reclinar um pouquinho... (a minha favorita é uma poltrona azul que um dia FOI da Fabi, e não possui esses luxos reclináveis). Um bom travesseiro também é uma ótima pedida. O meu auxilia na distância do espaldar (ao google!), ajuda a manter a posição "ideal" (aquela mesma dos folhetos: bumbum bem juntinho do encosto). O problema é quando esqueço que o travesseiro está com aquela fronha bem infantilóide e algum amigo meu, bem dos roqueiros, vem me visitar aqui no meu "estúdio - escritório". Aí não tem barba por fazer e cara de mau que segure.

Outro dia estava pensando em colocar uma fita isolante, ou silvertape, sei lá, alguma coisa que segurasse as espumas que já teimam em saltar do braço direito da  poltrona. Talvez trocar o revestimento (alguma coisa imitando couro de crocodilo, hein? hein?)... mas isso implicaria em uma reforma mais ampla, podem me obrigar a trocar a espuma... sei lá, demora demais pra "doutrinar" outro assento. Vai que a minha bunda muda. Vai que eu descubro que sou sueco.

O CORDÃO: o cordão, ao lado do rodo, faz parte dos objetos ESSENCIAIS. Pode ser cordão, fita, cadarço velho, o que for. Só precisa ser resistente. E comprido.

O meu atualmente está "disfarçado" de "chaveiro cor de rosa". Eu utilizo pra "pescar" algumas coisas que caíram no chão (essas precisam ter bordas, ouvi falar de gente que pesca moedas, mas acho que é mito), pra "puxar" aqueles trincos na parte de baixo das portas e, é claro, pra recuperar minhas chaves. 

Não é o meu caso, pois minhas mãos não foram muito afetadas, talvez pelo exercício constante no violão, mas diz a Emiliana Britto que um dia adaptou umas fitas horrorosas às caríssimas maçanetas redondas de sua casa, só pra facilitar. Porque sem elas, o povo já estava achando que a coitada tava maluca, ficava girando as maçanetas uma, duas, três vezes... ela emputecida porque a porta não abria e o povo achando que era Transtorno Obsessivo Compulsivo. Chique, né?